Poliamor e o Mais : Quebrando Paradigmas do Namoro.

Ao longo dos anos, o conceito de namoro evoluiu e se adaptou às mudanças sociais, culturais e tecnológicas. Entre as várias formas recentes de relacionamento que ganham visibilidade estão as não monogamias que podem redefinir as comemorações do Dia dos Namorados.

Namoro na Perspectiva da Não Monogamia Política. 

A visão da não monogamia política desafia as normas culturais predominantes em relação à monogamia. Ao contrário do poliamor, que se concentra na manutenção de múltiplos relacionamentos, a abordagem da não mono política é baseada em princípios filosóficos e ideológicos  e procura questionar e resistir às expectativas sociais impostas pela monocultura.

Esta é uma escolha consciente de não adesão à monogamia, não apenas por razões pessoais ou emocionais, mas também como parte de um posicionamento político contra as estruturas sociais que promovem a monogamia como norma padrão.

A dinâmica do namoro na política não monogâmica tem uma prática de poder assumir diversas formas, refletindo uma ampla gama de arranjos e acordos que desafiam a exclusividade. Isso inclui tudo, desde relacionamentos abertos até outros tipos.

Namoro na Perspectiva da Anarquia Relacional.

Na sua maneira de encarar as relações, A Anarquia Relacional repudia normas e posições sociais antiquadas e defende a liberdade individual juntamente com uma igualdade plena em todas as relações interpessoais.

Os anarquistas relacionais aplicam princípios anarquistas às suas relações românticas e sexuais, buscando formas livres de conexão. Para os anarquistas relacionais, o “namoro” não segue um roteiro fixo e pode assumir muitas formas diferentes.

Algumas características distintivas incluem:
 1 – Relacionamentos Igualitários: Não existem parceiros primários ou secundários em qualquer tipo de relacionamento, seja ela romântica, sexual ou platônica. Todas são igualmente relevantes e valorizadas.
2 – Rejeição de rótulos e hierarquias: Os anarquistas relacionais podem rejeitar rótulos (nomes) em sua prática e desafiar conceitos como namoro ou relacionamentos.

Questionam também a construção da sexualidade, os papéis de género e como uma política coletiva que pode interferir na autonomia individual.

Namoro na Perspectiva Amor Livre ( RLI – Relações livres).

A filosofia de relacionamento livre é baseada na liberdade de escolha e no rechaço das restrições sociais e legais nos aspectos românticos e sexuais. Além disso, essa concepção não reconhece o Estado como regulador dos laços pessoais.

A essência dessa ideologia  reside no fato de que as conexões emocionais devem ser livres da imposição externa, tais como a monogamia compulsória ou expectativas culturais impostas pela sociedade.

No contexto do amor livre, o namoro pode assumir diversas formas que refletem a diversidade dos desejos e necessidades individuais.

Alguns dos principais aspectos: 

1 – Liberdade de escolhas: As pessoas possuem o livre arbítrio para se envolverem em diversos tipos de relacionamentos, tanto românticos como sexuais, sem obrigação de exclusividade.

Namoro na Perspectiva Poliamorosa.

O Poliamor se diferencia para desafiar os padrões de fidelidade e monogamia, ao utilizar-se da prática ou desejo em manter relacionamentos amorosos múltiplos simultâneos, mediante consentimento e conhecimento prévio das partes envolvidas.

A dinâmica do namoro Poliamoroso pode assumir várias formas com base nas necessidades, desejos e acordos entre os envolvidos.

Algumas das dinâmicas mais comuns incluem:

1 – Relacionamentos Hierárquicos: Neste modelo, existem parceiros “primários” e “secundários”. O parceiro principal normalmente ocupa uma posição de maior significado emocional ou prático (como viver junto ou ter filhos), enquanto os parceiros secundários têm relacionamentos significativos, mas com níveis baixos de prioridade.
2 – Relacionamentos Não Hierárquicos: Neste Modelo, os poliamoristas rejeitam as hierarquias assim como os anarquistas . Acredita-se que a Anarquia Relacional nasceu da prática de relacionamentos poliamorosos não hierárquicos e também de princípios de amor livre.

Bem, como vimos, algumas filosofias não monogâmicas desafiam estruturas como o capitalismo, a família, a sexualidade humana e a política. Porém, a forma de se relacionar é ampla e muitos indivíduos não monogâmicos – com diferencial para aqueles que praticam o poliamor e o amor livre – que não verão problemas em comemorar datas comemorativas como o Dia dos Namorados e reinterpretá-las de acordo com suas próprias experiências.

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